
A união estável homoafetiva é um tema de grande relevância no direito da família brasileiro. Com o avanço das discussões sobre direitos LGBTQIA+ na sociedade e no judiciário, é importante entender o reconhecimento e as implicações jurídicas dessa forma de união. Este artigo busca esclarecer alguns pontos e fornecer uma visão geral sobre o assunto.
Reconhecimento da união estável homoafetiva
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Isso foi um marco histórico para os direitos LGBTQIA+ no Brasil, pois equiparou as relações homoafetivas às uniões estáveis previstas no Código Civil. Isso significa que, independentemente do gênero dos parceiros, a união estável é reconhecida e protegida pela lei.
Direitos e deveres na união estável homoafetiva
Assim como nas uniões estáveis entre casais heterossexuais, as uniões estáveis homoafetivas garantem direitos e deveres aos companheiros. Isso inclui direitos patrimoniais, como a partilha de bens em caso de dissolução da união; direitos previdenciários, como a possibilidade de receber pensão por morte do companheiro; e direitos sucessórios, como a herança. Esses direitos são garantidos pela Lei 9.278/1996, que regula a união estável no Brasil.
Implicações jurídicas da união estável homoafetiva
As implicações jurídicas da união estável homoafetiva são extensas e abrangem diversas áreas do direito. Por exemplo, em caso de dissolução da união, questões como divisão de bens, pensão alimentícia e guarda de filhos podem surgir. Essas questões são reguladas pelo Código Civil, nos artigos 1.723 a 1.727, que tratam da união estável. É importante ressaltar que cada caso é único e pode apresentar particularidades, o que reforça a necessidade de orientação jurídica especializada.
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A importância da consulta a um advogado ou advogada especializada
Embora este artigo forneça uma visão geral sobre o tema, cada caso é único e pode apresentar particularidades. Portanto, é sempre recomendado buscar a orientação de um advogado ou advogada especializada em direito de família e direitos LGBTQIA+ para garantir que seus direitos sejam plenamente respeitados e protegidos. Eles podem orientar sobre as melhores opções e estratégias jurídicas, considerando as especificidades de cada caso.
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Conclusão
A união estável homoafetiva é um direito reconhecido e protegido no Brasil. No entanto, ainda há muitos desafios e questões a serem enfrentadas. Informar-se e buscar orientação jurídica adequada são passos fundamentais para garantir a proteção desse direito. A luta pelos direitos LGBTQIA+ é contínua e requer a participação de todos para construir uma sociedade mais justa e igualitária.